Às vésperas de uma eleição com clima de plebiscito, Marina Silva parece ser a única política brasileira capaz de apontar virtudes no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e em seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Em palestras e entrevistas, a pré-candidata do PV ao Palácio do Planalto tem se equilibrado nos elogios aos governos de PT e PSDB.
"Precisamos ter a humildade de reconhecer as conquistas dos últimos 16 anos", repete a senadora, num discurso-exaltação que mistura a estabilização econômica dos tucanos e o avanço social dos petistas. "Não tenho preconceito em recolher as coisas boas das pessoas", justifica. Por onde passa, a senadora tem festejado o equilíbrio monetário e fiscal conquistado na gestão de FHC -período em que os petistas acusavam o governo de arrochar salários e se curvar aos ditames do Fundo Monetário Internacional.
Ao comentar o governo Lula, ela cita de cabeça os números que mostram aceleração no crescimento e na distribuição de renda. E se desmancha em elogios ao Bolsa Família, tachado de eleitoreiro pela intelectualidade tucana.(Folha de S.Paulo)
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