Já havia fechado a coluna de ontem quando chegou a notícia de que Jarbas havia pedido mais uma semana aos partidos de oposição para anunciar a sua decisão sobre a corrida sucessória estadual. Ao longo do dia, no entanto, um deputado federal me alertou para essa possibilidade.
Muita gente entendeu o adiamento como mais uma sinalização de que o senador é candidato. Não há dúvida quanto a isso. Se Jarbas não fosse disputar teria comunicado hoje mesmo, não deixaria os aliados mais uma semana aguardando um não.
O tempo já avançou demais, as convenções se aproximam e os candidatos proporcionais, o mais prejudicados com essa indefinição, precisam cuidar da campanha. Afinal, com um candidato forte a governador o cenário é bem diferente em relação a um nome olímpico, inventado apenas para sustentar a coligação, garantir o tempo na televisão e o registro das candidaturas perante a justiça eleitoral.
Pelo que conheço da história do senador peemedebista e do seu perfil, ele jamais se passaria pelo papel ridículo de protelar um anúncio por mais 10 dias para deixar todo mundo pendurado no pincel. O tempo que terá até lá, suponho, deve ser preenchido por Jarbas para fechar os detalhes do acordo entre os partidos da coligação.
Alguns apressadinhos podem achar que a oposição já perdeu muito tempo, mas no Brasil as campanhas eleitorais estão ficando cada vez mais curtas e restritas ao chamado palanque eletrônico na tevê.
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