Passado o estresse da retirada do deputado federal Ciro Gomes (PSB) da corrida presidencial, o governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, se esforça, agora, para mostrar que está tudo bem entre o parlamentar e o partido. A preocupação é que Ciro não “deserte” de mala e cuia para palanque de Marina Silva, como quer o PV. É bom lembrar que o cearense sinalizou que pode não seguir o PSB na campanha de Dilma Roussef (PT) ao declarar que terá seu “modesto engajamento” o candidato que melhor compilar suas “preocupações com o Brasil”. Para sensibilizar o deputado, Eduardo pretende contar com a ajuda do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro. O gestor veio ao Recife, ontem, para reunião da Sudene, mas dedicou boa parte do tempo em conversa com Campos sobre o irmão. O diretório cearense do PSB votou com a minoria pela manutenção da candidatura própria.
Enquanto Eduardo garantiu que o ex-presidenciável abraçará o candidato que o PSB decidir (ele não confessa, mas trata-se de Dilma), Cid Gomes reforçou as palavras de Ciro, dando a entender que o futuro do parlamentar é incerto. Apesar de ressaltar que “decisão de partido não se discute, se cumpre”, o governador do Ceará contestou a tese apresentada pelo PSB para tirar Ciro do processo.
“Prevaleceu o interesse regional em detrimento do nacional. O futuro é que vai dizer se essa decisão foi correta. Pode ser que o partido esteja enganado”, destacou Cid, utilizando a história para justificar seus argumentos. “Não tem sido isso que a história mostra. Os partidos que cresceram tiveram projeto nacional”, salientou.
(Da Folha de Pernambuco - Arthur Cunha)
Agora o problema é amansar a Fera que pode começar alisando os inimigos e atacando os "amigos".
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