Uma das decisões acertadas do governo Jarbas Vasconcelos foi a extinção da Secretaria de Segurança Pública e a criação para substituí-la da Secretaria de Defesa Social, à qual ficaram subordinadas as Polícias Civil e Militar. Com isso, perderam o status de secretário o comandante da PM e o chefe da PC, da mesma forma que os comandantes militares deixaram de ser ministros no governo FHC e passaram a ser subordinados ao Ministério da Defesa.
A criação da SDS foi o primeiro passo que se deu em Pernambuco para unificar as duas Polícias, que, historicamente, nunca se relacionaram bem. Na prática, entretanto, a tão sonhada unificação ainda não se consumou. Os conflitos entre ambas continuam e recentemente se agravaram por causa do ajuste salarial. Os coronéis não se conformam por ganharem um pouco menos que os delegados de polícia e passam esta insatisfação para o restante da tropa.
Deve-se a esta disparidade o esfriamento das relações entre o secretário Servilho Paiva e o comandante-geral da PM, coronel José Lopes de Souza. O secretário não teria ido ao limite de suas forças pela equiparação salarial entre as duas polícias, desagradando aos membros da PM. É um problema que o governador Eduardo Campos terá que resolver antes da negociação salarial prevista para novembro a fim de não comprometer as metas do “Pacto pela Vida”.
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