A onda de invasões de terra que o MST promete desencadear nesta semana em todo o país tem um pano de fundo político: forçar uma declaração pública da presidenciável petista, Dilma Rousseff, sobre o tema da reforma agrária, informa reportagem de Eduardo Scolese, na Folha de S.Paulo. Segundo o jornal a ex-ministra da Casa Civil é vista com dúvidas entre os sem-terra já que, enquanto ministra, pouco se aproximou dos movimentos sociais ou apresentou ideias para a questão fundiária. Dirigentes do movimento costumam se referir a ela como uma "desconhecida".
Agora, no calor do "abril vermelho", a expectativa do MST é que a petista seja provocada pela imprensa a se posicionar sobre a série de invasões: defenderá as ações ou se aliará a PSDB, DEM e bancada ruralista para condená-las? Apresentará alguma proposta sobre o tema, como metas de assentamentos, ou se manterá neutra?
Em contato com a direção petista, o MST avisou que não apoiará formalmente nenhum candidato no primeiro turno das eleições a presidente, assim como já ocorrera em 2006. Apesar disso, aguarda um posicionamento de Dilma sobre o tema para indicar os rumos de engajamento eleitoral de seus militantes, historicamente próximos a candidatos do PT.
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