Faz tempo o presidente do PMDB, Michel Temer, sabe que não será escolhido pelo presidente Lula para companheiro de chapa de Dilma Rousseff. O partido está pronto para indicá-lo, quase por unanimidade, mas o primeiro-companheiro não quer. Principalmente depois que a candidata oficial começou a crescer nas pesquisas, demonstrando que em pouco tempo nenhuma concessão precisará ser feita aos partidos aliados. De necessários eles estão passando a supérfluos, quer dizer, será ótimo se apoiarem Dilma, mas se não apoiarem, tanto faz. A popularidade do chefe parece transferir-se para ela.
Claro que a equação não está completada. O vento pode mudar. Caso continue soprando sobre os companheiros, Michel nada poderá fazer. Se mudar, no entanto, o PMDB será capaz de dar o ultimato: ou a indicação de seu presidente ou a liberação para os diretórios regionais seguirem o rumo que bem entenderem. Até apoiar José Serra, como os caciques de São Paulo pretendem.
Ciro ou Meirelles
Na hipótese de Dilma continuar crescendo nas pesquisas e posicionar-se como favorita, o presidente Lula poderá dar-se ao luxo de recrutar o candidato à vice-presidências em outros arraiais. Henrique Meirelles, por exemplo, mesmo pertencendo ao PMDB, nada tem a ver com a direção nacional do partido. Por via das dúvidas, deverá desincompatibilizar-se até 2 de abril. Ciro Gomes, de seu turno, não afasta a possibilidade de aceitar, caso convidado e dentro de suas condições. Em suma, Michel Temer está garfado, mas não vencido.
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