Dá a impressão de que está mal resolvido o suposto acerto que o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, teria feito com o deputado Ciro Gomes visando à eleição presidencial. Ciro disse em São Paulo na última sexta-feira que é candidato a presidente da República, doa a quem doer, a menos que leve uma rasteira da executiva nacional do seu partido, que poderia ser constrangida pelo presidente Lula a tirá-lo do jogo em favor da ministra Dilma Rousseff.
O governador não deve ter gostado desta frase porque não foi exatamente isto o combinado com o deputado cearense. O acerto feito em novembro passado entre as direções do PT e do PSB, tendo como mediador o presidente Lula, indicava outra direção. Ciro se manteria no jogo até março deste ano quando deveria ser feita uma nova pesquisa para aferir se era conveniente para Dilma a permanência dele na disputa, ou se deveria renunciar à candidatura em prol da unidade da base governista.
No mês combinado foram divulgadas pesquisas do Ibope e Datafolha apresentando os mesmos resultados, isto é, caso Ciro se afastasse do processo mais de 50% dos seus votos migrariam direto para José Serra. Daí todos terem chegado à conclusão de que se deve esperar um pouco mais. É o tempo aparentemente necessário para ele acertar os ponteiros com Eduardo Campos, que reprovou os termos de suas duas últimas entrevistas declarando guerra ao PT, ao governo e aos peemedebistas.
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