terça-feira, 23 de agosto de 2011

Funcionários não conseguem entrar no Ministério da Fazenda, ocupado por MST

Agência Brasil


Pelo menos 4 mil trabalhadores rurais da Via Campesina ocuparam nesta terça-feira o hall de entrada e a laje do prédio do Ministério da Fazenda em Brasília. Entre os objetivos da ocupação está a retomada das negociações referentes às dívidas dos pequenos agricultores, avaliadas em cerca de R$ 30 bilhões. 
Segundo a Polícia Militar, o ato é pacífico. Equipes estão no local. De acordo com a corporação, os trabalhadores marcharam até o prédio. Desde segunda-feira (22), os movimentos que integram a Via Campesina estão acampados na capital federal em um acampamento, nos arredores do Ginásio Nilson Nelson.
Os manifestantes pretendem ser recebidos ainda nesta terça pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para pedir a destinação de verbas do Orçamentos para a reforma agrária. Mantega, que participaria às 10h de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, seguiria direto para o Congresso, sem passar pelo ministério, de acordo com assessores da pasta.
A mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que acontece em todo o Brasil desde o dia 22 de agosto. A jornada também exige o assentamento imediato de 60 mil famílias acampadas e luta contra o fechamento das escolas no campo.  
A Via Campesina é integrada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pescadores e Pescadoras, Quilombolas, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), além do Sindicato dos Trabalhadores da Embrapa (Sinpaf), da Federação dos Estudantes de Agronomia e da Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal.
Servidores dispensados
Os 2,5 mil funcionários que trabalham na sede do Ministério e no prédio anexo, onde ficam unidades do Tesouro Nacional e da Receita Federal, não conseguem ter acesso a esses locais. No edifício anexo, seguranças impedem o acesso de qualquer pessoa, inclusive de funcionários. Alguns servidores relataram que foram dispensados pela chefia.

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