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Fabricantes de geladeiras, fogões e lavadoras aumentaram os preços entre 8% e 9% este mês. Há itens em que a alta chega a 20%. Esse reajuste já provoca reações do varejo. Na semana passada, num encontro do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), que reuniu 35 varejistas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, empresários do comércio pediram ao governo que negocie um pacto entre indústria e varejo para frear os aumentos.
O reajuste de preços da linha branca ocorre exatamente num momento em que a inflação mensal dá sinais de arrefecimento em razão do alívio das cotações dos alimentos e dos combustíveis, por causa da safra. Um novo foco de pressão de preços seria danoso para o governo, que tenta domar a inflação.
O presidente da Whirlpool (dona das marcas Brastemp e Consul e que lidera o mercado de eletrodomésticos), José Drummond, disse que o reajuste foi de 8% a 9% em diversas categorias de produtos da linha branca.
Ele diz que esse é o primeiro aumento em dois anos e meio e que pressões de custos levaram a empresa a tomar essa decisão.
- As empresas são privadas. Tenho de olhar os meus custos e as minhas receitas.
O presidente do IDV, Fernando de Castro, diz que fazia tempo que não havia aumentos dessa magnitude.
- A realidade atual é que essas demandas de aumento se concentraram nos últimos meses em porcentuais bem maiores do que aqueles que vinham sendo solicitados.
Drummond conta que a nova tabela de preços da empresa está em vigor desde o início do mês e que não detectou redução nas vendas por causa do reajuste.
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