quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quanto mais dinheiro, mais corrupção

Blog Inaldo Sampaio


Desde o governo do presidente FHC, o Ministério dos Transportes está na mídia envolvido em atos de corrupção. A coisa ficou tão feia que o então presidente extinguiu o DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem), substituindo-o pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre), hoje tão estigmatizado quanto aquele. Trata-se de uma pasta que detém hoje um dos maiores orçamentos da República, sendo também uma das mais vulneráveis à prática de corrupção.

É possível que nem tudo que foi denunciado pela revista “Veja” em sua última edição seja verdadeiro, ou seja, que o Ministério estaria cobrando 4% de propina aos seus fornecedores de obras e serviços para supostamente engordar o caixa do PR, ao qual o ministro Alfredo Nascimento está filiado. Mas só o fato de a presidente Dilma Rousseff ter determinado o afastamento do diretor do DNIT e de mais três auxiliares do ministro significa que onde há fumaça há indícios de fogo. 

Os ladrões dão sempre um jeito para superfaturar o custo de obras públicas por mais vigilantes e eficientes que sejam os órgãos de controle. A democracia avança por um lado, e por outro eles sofisticam as técnicas do roubo. Mas sabendo-se que governo nenhum dispõe de meios para cortar esse mal pela raiz, por ele ser inerente à natureza humana, o único remédio para reduzir a corrupção a níveis toleráveis é acabar com impunidade que existe no país. De outro jeito não tem jeito. 

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