quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Na despedida Lula chora, agradece ao povo e promete retorno

Blog do Magno Martins

Parecia carnaval no Recife, mas era dezembro, e não fevereiro, e os blocos não tomaram conta das ruas. Ao invés de folia, o motivo da festa era a despedida oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de seu Estado de origem. Uma multidão lotou o Marco Zero, no bairro do Recife Antigo, na noite desta terça-feira (28), para prestigiar a festa organizada pelo PSB – do governador de Pernambuco, Eduardo Campos – para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se emocionou e chorou por pelo menos três vezes no palco. Vários artistas pernambucanos passaram pelo palco do local, e a cada apresentação o público entoava aquele que é um dos mais conhecidos jingles da política nacional: “olê, olê, olê, olá. Lula, Lula”.

Eram pouco mais das 19h30 quando Lula subiu ao palco. O poeta popular Antônio Marinho foi o primeiro a arrancar lágrimas do presidente, ao recitar poema que falava sobre o Nordeste, o Prouni e a rodovia transnordestina. Com versos sempre encerrados com a frase “Pernambuco agradece ao presidente mais amado da terra brasileira”, Lula não resistiu à homenagem e chorou copiosamente.

Lágrimas
Antes de discursar, Lula recebeu a maior comenda do governo de Pernambuco, a ordem do mérito dos Guararapes, repassada pelo governador Eduardo Campos, que falou “em nome de todos os pernambucanos e pernambucanas”. “Coube a mim dizer o que Pernambuco sente, o que é um tremendo desafio. Nós não estamos aqui para dizer adeus, mas sim para dizer obrigado e até logo”, disse, também levando o presidente ao choro.
Em seu discurso, Lula fez um histórico de sua caminhada política, mas não deixou de pedir apoio à futura presidente e anunciar um breve retorno. “A palavra de ordem é apoiar a companheira Dilma e ela será companheira de Pernambuco. Ela, junto com Eduardo [Campos], vai fazer muito mais. Eu saio da presidência, mas não pensem que vão se livrar de mim, porque vou estar nas ruas desses país para ajudar a resolver os problemas do Brasil”, afirmou.



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