Mandato começa com maior total de mulheres no primeiro escalão.
Lula chegou a ter cinco ministras; Sarney teve apenas uma interina.
Globo.com
Luiz Inácio Lula da Silva não poderá usar sua emblemática frase “nunca
antes na história deste país...” em relação às mulheres no comando dos
ministérios. Cabe a Dilma Rousseff enaltecer o recorde feminino no
primeiro escalão. Nesta quarta-feira (22), ela finalizou a definição dos
responsáveis por cada uma das 37 pastas, secretarias ou órgãos com
status ministerial. Elas ocuparão 9 postos. Antes, a marca pertencia a
Lula no primeiro mandato: cinco ministras.
O G1 levantou o número de ministras nas equipes
montadas para posse de todos os presidentes da República desde a
abertura democrática. A reportagem também traçou o perfil do primeiro
escalão de Dilma. A média de idade é de 56 anos. Direito é o curso
superior mais comum. E São Paulo é o estado com mais representantes.
Ao longo da história recente, a cota de mulheres sofreu oscilações. O
segundo mandato de Lula (2003-2006) começou com 4 mulheres no primeiro
escalão, mantendo um espaço maior que o reservado em governos
anteriores. No primeiro mandato, Fernando Henrique (1995-1998) entregou
apenas o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo para uma
mulher: Dorothéa Werneck. Quatro anos depois, tomou posse para o segundo
mandato (1999-2002) com três ministras em sua equipe: Anadyr de
Mendonça Rodrigues (Controladoria-Geral da União), Cláudia Maria Costin
(Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio) e Wanda Engel
Aduan (Secretaria de Estado de Assistência Social).
No governo de Itamar Franco (1992-1994), a única mulher a assumir de
fato uma pasta foi Luiza Erundina, que comandou a Secretaria de
Administração Federal por 5 meses após a saída de Osiris de Azevedo. Já
Fernando Collor (1990-1992) escolheu 2 mulheres. No Ministério da Ação
Social assumiu Margarida Maia Procópio, enquanto no Ministério da
Economia, Fazenda e Planejamento esteve Zélia Cardoso de Mello.
Mas foi nos cinco anos de governo de José Sarney (1985-1990) que as
mulheres tiveram a mais baixa representação. Apenas Dorothéa Fonseca
atuou como interina no Ministério do Trabalho.
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