Os presidenciáveis não se enfrentaram, ontem, na sabatina promovida pela CNI, mas o candidato do PSDB, José Serra, foi o que mais agradou ao PIB nacional. Diferentemente de Dilma Rousseff, que recorreu ao papel escrito e usou uma linguagem técnica, sem emoção, Serra se apresentou na maior informalidade, abordou os pontos que soaram bem aos ouvidos da categoria e ainda deu duras estocadas em Dilma, que se apresentou antes dele.
“Não entendi a explicação de Dilma quando defendeu a política cambial e de juros. Entra governo, sai governo, continuamos com os maiores juros do mundo. O Brasil é “campeão” por ter a maior taxa de juros do mundo”, disse o tucano. E acrescentou: “A indústria já está com R$ 7 bilhões de déficit. E não me venham dizer que é porque a economia está crescendo”.
Além de demonstrar mais intimidades com os assuntos tratados, Serra não foi modorrento e sem sal como Dilma. No improviso, falou a linguagem do empresariado. Dilma parecia mais preocupada em não errar números, mas acabou se complicando quando, na entrevista com os jornalistas, errou as projeções numéricas dos investimentos dos governos passados em relação à rede ferroviária.
Já a ex-ministra Marina Silva chegou a emocionar e agradar mais do que Dilma, principalmente quando com muita sinceridade disse que não tinha a linguagem do economês dos seus antecessores, mas a sinceridade na realização dos seus propósitos.
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