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A empresa Tepco (Tokyo Electric Power), operadora da usina nuclear de Fukushima, começou nesta segunda-feira (4) a lançar ao Oceano Pacífico cerca de 11,5 mil toneladas de água radioativa procedente da central. O objetivo é facilitar as tarefas dos funcionários que tentam evitar uma catástrofe ainda maior. A operação, que começou às 19h locais (7h de Brasília), visa esvaziar a água que está em reservatórios especiais e no porão dos reatores 5 e 6, as únicas das seis unidades do complexo que estão por enquanto sob controle. Essa água excede em cem vezes o limite legal de iodo-131, um nível relativamente baixo em comparação com o da água que inunda algumas áreas da usina nuclear, com uma radiação até 100 mil vezes superior.
A Agência para a Segurança Nuclear do Japão insistiu que a operação não representa riscos para a saúde, enquanto o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse por sua vez que a medida é de emergência, e que a Tepco deve observar seu possível impacto no meio ambiente. O objetivo da empresa é deixar espaço nos depósitos para armazenar a água altamente radioativa que inunda os edifícios dos reatores 1, 2 e 3, e que dificulta seriamente os trabalhos dos operários para resfriar essas unidades.
Desde o terremoto de 11 de março, operários da Tepco lutam dia e noite para restabelecer a refrigeração dos reatores de Fukushima, mas em suas tarefas enfrentam constantes problemas. O diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Yukiya Amano, afirmou hoje que a Tepco, a empresa operadora da usina nuclear de Fukushima, não tomou as medidas adequadas para evitar o acidente na central atômica.
- As medidas adotadas pela operadora não foram suficientes para evitar este acidente.
A crise nuclear levou especialistas japoneses a idealizar as mais diversas respostas a cada novo incidente que ocorre em Fukushima, mas por enquanto nada funcionou. Nesta segunda-feira foi despejado um líquido de cor branca em um túnel próximo ao reator 2 para tentar determinar o caminho pelo qual a água altamente radioativa chega ao mar.
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