quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sindicato de empresas avalia situação das obras de estádios da Copa


G1.com
Relatório elaborado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) aponta os estádios de São Paulo e Natal como aqueles cujas obras para a Copa do Mundo de 2014 são consideradas as mais preocupantes.
O Brasil foi escolhido pela Fifa como país-sede do Mundial de 2014 em 31 de outubro de 2007. Em 31 de maio de 2009 houve a definição das 12 cidades-sede dos jogos (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Projeto do Maracanã para a Copa de 2014 (Foto: Divulgação)Em 13 páginas, o levantamento mostra que, em São Paulo, depois do veto do Comitê Organizador Local (COL) ao estádio do Morumbi, em 16 de junho de 2010, a construção do estádio do Corinthians, em Itaquera (SP), segue "sem definição". Ainda conforme o relatório, a construção e gestão do Estádio das Dunas, em Natal, era o projeto “mais atrasado” até fevereiro deste ano.
Na terça-feira (19), os ministros do Planejamento, Míriam Belchior, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disseram que as obras previstas ficarão prontas a tempo. No mês passado, o ministro do Esporte, Orlando Silva, dez de 12 estádios estão com obras “a pleno vapor”, e ficarão prontos no prazo estabelecido com a Fifa.Além dos dois exemplos considerados mais problemáticos pelo presidente do Sinaenco de São Paulo, José Roberto Bernasconi, que apresentou o levantamento na terça-feira (19) na Câmara dos Deputados, durante audiência na Comissão de Turismo da Casa, medidas judiciais e cancelamentos comprometem quase todas as obras nas 12 sedes.
O sindicato aponta falhas nos projetos, suspeitas de irregularidades nas licitações e dúvidas quanto à viabilidade econômica dos projetos.
Em entrevista ao G1, Bernasconi chegou a afirmar que, diante do atraso nas obras do mundial, se nada for feito, o evento corre o risco de tornar-se “a Copa do improviso”. O sindicalista chegou até a defender a decretação de feriados e de férias escolares durante a realização dos jogos para amenizar os problemas de mobilidade urbana.

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