quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Governo não aceita conversar sobre a PEC-300

Blog do Inaldo Sampaio


Recentemente, durante entrevista à Rádio CBN, o capitão e presidente da Associação dos Militares de Pernambuco, Vladimir Assis, cobrou uma resposta do Governo do Estado sobre a pauta de reivindicações da classe, que inclui reajuste de salário com base na chamada “PEC 300”. Este projeto de emenda constitucional que está tramitando no Congresso sugere que o piso salarial dos militares seja equiparado ao dos militares de Brasília (R$ 3.300,00), que é pago com dinheiro da União.
 
A menos que o governo federal banque essa despesa, é improvável que exista Estado hoje no Brasil com folga de caixa para conceder um piso nesse valor. Nem São Paulo que é o Estado mais rico da Federação poderia arcar com essa despesa. Daí a necessidade de as associações que representam os militares de Pernambuco colocarem logo seus pés no chão quando forem chamadas pelo Comando Geral da PM ou pela Secretaria de Defesa Social para negociar reajuste de salário.
 
Não basta ir para as assembleias declarar que a negociação tem que partir do valor previsto na PEC-300. Isso custaria 1 bilhão por ano na folha de salário do governo estadual, que obviamente não irá sentar à mesa para discutir uma proposta inexequível. Só para efeito de comparação, os dois mil novos policiais que ingressaram na PM na última sexta-feira vão custar por ano aos cofres públicos 67 milhões. A proposta salarial da Associação equivale ao custo de 30 mil soldados.   
 

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