terça-feira, 3 de abril de 2012

Oposição com quatro candidatos

Uma oposição fragmentada e com quatro candidatos. Este é o cenário que deve ser enfrentado pelos partidos que combatem a Frente Popular no Recife. Depois dos lançamentos das pré-candidaturas de Daniel Coelho (PSDB) e de Raul Jungmann (PPS), o caminho da unidade parece cada vez mais difícil no campo oposicionista. O deputado federal Raul Henry recebeu, na última semana, apoio da executiva nacional do PMDB para entrar na disputa municipal e deve lançar seu nome em breve.


“Estive com o presidente nacional do partido, o senador Valdir Raupp, e ele destacou que é necessária a minha candidatura no Recife”, disse. Agora, na esteira das negociações, resta o DEM, do deputado Mendonça Filho, decidir que estratégia pretende adotar para a eleição de outubro.




Para alguns setores, a fragmentação é benéfica. Para outros, nem tanto, por sinalizar o risco de uma nova derrota para o PT nas urnas nas eleições municipais deste ano. “Estamos caminhando para a postulação de quatro candidaturas pela oposição”, declara Jungmann (PPS), que não enxerga com bons olhos a movimentação. “Claro, isso pode aumentar as chances de vitória do PT”, argumenta. 



 O pós-socialista, que lançou sua pré-candidatura na semana passada, argumenta que o suposto bloquinho, formado pelo seu partido com o DEM, PMDB e PMN, teve dificuldades de coordenação. “As decisões ficaram em torno dos interessados, dos próprios pré-candidatos”, alfineta, mostrando sua insatisfação com a suposta ausência do cacique da oposição e senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) na condução das negociações do grupo. Raul Henry reconhece o afastamento do líder peemedebista. “Ele mantém conversas com todos, mas não quer tomar partido para preservar as amizades”, justificou.



Diante da divisão da oposição, sem ninguém ceder em favor de outro, o PSDB ressalta que nunca ficou isolado. “A oposição tinha quatro candidatos e hoje continua tendo. Eles queriam o apoio do PSDB e como nosso partido avançou na candidatura, inventaram esta história. Como você chega num partido e pede para ele abrir mão de um projeto? São candidaturas legítimas”, completou o pré-candidato tucano Daniel Coelho. 

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