terça-feira, 24 de abril de 2012

Aliados dão aval à aproximação de Jarbas e Eduardo

Folha PE


O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) revelou ter planejado o distensionamento das relações com o governador Eduardo Campos (PSB) para que aqueles políticos das gerações que o sucedem, como Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB) e seu filho Jarbinhas (PMDB), possam respirar melhor do que ele próprio, com a diminuição do radicalismo que rondava as questões políticas do Estado até o momento. A notícia foi publicada na coluna Folha Política, assinada por Renata Bezerra de Melo, e causou repercussão positiva entre os aliados do peemedebista.
Segundo fontes peemedebistas, a expectativa de alguns nomes do partido é de obter essa aliança ainda mais cedo. Nos bastidores, o deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Recife pela legenda, Raul Henry, estaria acalentando a esperança de ser uma opção do governador Eduardo Campos já neste ano, caso o secretário de Governo, Maurício Rands, não consiga viabilizar sua candidatura no PT.
Raul Henry é favorável à reaproximação política e pessoal de Jarbas e Eduardo, mas negou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 , qualquer possibilidade de aliança este ano. “A eleição de 2012 é jogo jogado, vamos continuar na oposição”, disse o deputado. Porém o pré-candidato não descartou discussões futuras. “Em 2014 pode haver uma unidade. Muita coisa coisa pode mudar no tabuleiro. Vamos conversar e, dessa forma, podemos chegar a um consenso”, avaliou.
Para o peemedebista, a trégua na relação entre Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos “é mais um gesto de grandeza e maturidade de ambas as partes”. “É mais um distensionamento para criar espaço para uma reaproximação no futuro. Eduardo é hoje um homem competente e reconhecido, e Jarbas é ouvido nacionalmente e tem influência grande no Congresso”, destacou Henry.
O presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio, defende que este é um momento para “construir relações que não sejam baseadas no rancor, na retaliação, na raiva, e sim relações saudáveis e civilizadas. “Agora, se isso vai resultar em mudanças no cenário político pernambucano, só o tempo dirá”, observou.

Já o deputado estadual Gustavo Negromonte (PMDB) não vê os recentes encontros entre Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos como uma aproximação. “É apenas um distensionamento, porque as questões tratadas até agora foram meramente republicanas, relacionadas a governo e gestão”, explicou Negromonte. “Na política atual, já não se pode carregar velhos rancores, velhas mágoas. Acima de tudo devem estar os interesses do Estado”, defendeu.
O deputado federal Mendonça Filho concordou com Negromonte. “É fato que, quando se revela que há uma distensão política e tenta-se desfazer o problema, isso produz um ambiente menos radicalizado na política pernambucana”. “E à medida que construímos um clima de mais diálogo, a situação se reflete de maneira positiva na política local”, afirmou o democrata.

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