Pré-candidato do PMDB a prefeito do Recife, o deputado Raul Henry já está entendido com o governador Eduardo Campos (PSB). Se o deputado Maurício Rands sair derrotado nas prévias do PT em 20 de maio, o PSB não terá nenhuma cerimônia em apoiar a candidatura do peemedebista.
A promessa foi dada pelo governador a Rands numa conversa em Brasília, há 15 dias, e ratificada na semana passada num encontro dele (Henry) com o secretário estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar. É por isso que Henry, jarbista de carteirinha, antes cabisbaixo e sem elã para a disputa, engrossou a voz e anda insinuando que o democrata Mendonça Fillho pode retirar a candidatura e apoiá-lo.
Um dos maiores entusiastas desse entendimento é o ex-ministro Gustavo Krause, que indicaria a sua filha Priscila, líder da oposição na Câmara, para vice de Henry, e ele próprio seria candidato a vereador no lugar da herdeira.
Os oposicionistas “eduardistas” só esqueceram-se de combinar com Mendonça, que está à frente das pesquisas entre os candidatos da oposição e não abre nem para um trem carregado de pólvora. E com razão!
Afinal, diferente de Henry, que não passa dos sete pontos nas pesquisas, o ex-governador só está abaixo do prefeito João da Costa, mesmo assim num cenário de quase empate técnico.
Se tem chances de chegar ao segundo turno, seu interesse seria atrair Henry para o palanque e não o contrário. Animado pelo Palácio, Henry quer inverter o processo. Ou seja, reiventar a roda.
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