Uma reportagem no portal da Folha de S.Paulo informa que petistas que articulação a criação de uma CPI para investigar a ligação de políticos com o contraventor Carlos Cachoeira querem transformar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em um dos focos da comissão. O foco é saber o porque de Gurgel não ter não averiguado a relação de Cachoeira com lideranças há três anos.
O PT, segundo o veículo de comunicação, avalia que procurador segurou a investigação desde 2009, o que teria beneficiado os suspeitos na Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em fevereiro.
Em 2009, estava em curso a operação Vegas, da PF, que precedeu e baseou a Monte Carlo, que desmontou o esquema encabeçada por Carlos Cachoeira. A ação foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem a competência legal de processar, criminalmente, porém o órgão mas não abriu apuração no Supremo Tribunal Federal (STF). O pano de fundo nisso tudo é o julgamento do caso do Mensalão. No plenário do STF, caberá a Gurgel sustentar as alegações da acusação contra os réus do caso que envolveu as princiais lideranças petistas durante a primeira gestão do ex-presidente Lula e que culminou com a saída de vários ministros de confiança da maior estrela do partido.
A cúpula do PT não esconde a irritação com o procurador desde o ano passado, quando Gurgel encaminhou ao STF as alegações finais do processo, defendendo a condenação de 36 réus. Petistas reclamaram do excesso de adjetivação do documento. A CPI do Cachoeira deve ser criada na próxima terça para apurar o envolvimento de agentes públicos e privados com o empresário. Por iniciativa do PT, a comissão vai investigar as duas operações, a Monte Carlo e a Vegas.
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