Como a imaginação é livre, suponhamos que os políticos interessados em investigar o caso lotem uma Kombi e consigam liderar a CPI, levando-a a apurar o que há e o que houve. O prazo regimental é de 180 dias, prorrogáveis por mais 180. Imaginemos que fique comprovado que o empresário zoológico pagou propinas, fez tráfico de influência, operou ilegalmente em conjunto com empreiteiras e promoveu evasão de divisas. Sonhemos até com o impossível: que se apurem os dados da conta internacional que recebe o dinheiro sujo.
E daí, nada. Daqui a 360 dias, a CPI envia seu relatório ao Ministério Público. Nesse período, todo o teatro terá sido montado: julgamentos em Conselhos de Ética, expulsões de partidos, furibundos discursos em defesa da moral e dos bons costumes. Punições, se houver, apenas as políticas - lembre-se do ministro afastado pelas acusações de malfeitos que reassumiu o mandato e está até no Conselho de Ética. E o caso já estará velho. No outono de 2013, o assunto será a Copa.
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