Não se discute que Lula é um gênio por tudo o que conseguiu fazer a partir da presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Fundou o PT, que é o maior partido político do Brasil, criou a CUT, que é a maior central sindical, foi duas vezes presidente da República e elegeu o sucessor. Mas os gênios políticos também erram. Ao preterir Marta Suplicy, em favor de Fernando Haddad, como candidato do PT à prefeitura de São Paulo, o ex-presidente se equivocou.
Não que Marta fosse imbatível no confronto político com José Serra, mas é que Haddad é pior que ela. Não leva jeito de candidato e não tem discurso de candidato. É apenas um burocrata que Lula tirou do Ministério da Educação para disputar a prefeitura da maior cidade do país. Haddad, segundo a última pesquisa do Datafolha, aparece com 3% de intenções de voto, ante 30% de José Serra. Não significa que só terá esses 3%, mas que a partida foi pequena para um candidato do PT.
Dir-se-á que quando Lula pinçou Dilma, para ser o candidato à sua sucessão, também fizeram os mesmos questionamentos: que ela era fraca, que não tinha jogo de cintura, que era divorciada e mulher num país que sempre elegera homens para presidente da República. Mas os contextos são diferentes. Dilma representava a continuidade de um projeto que a maioria do povo brasileiro aprovara nas urnas. Haddad não representa nada. Se porventura for eleito, Lula é candidato a santo de altar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário