O governo conseguiu abortar um início de rebelião de um grupo dez deputados da bancada aliada insatisfeitos com alguns secretários de Estado, que não estariam atendendo pleitos de suas bases eleitorais nem concedendo audiências. Sem a atenção do Palácio do Campo das Princesas, os deputados estavam articulando uma reunião para discutir suas queixas, da qual deveria sair uma estratégia para demonstrar a insatisfação e despertar o interesse do governo. O cochicho correndo de orelha em orelha na Assembleia Legislativa, o Palácio ficou sabendo, agiu rápido e desmantelou a articulação. "Foram dizer para o governador e secretários. Isso desmobilizou o grupo", revelou um dos integrantes do grupo de insatisfeitos.
Dois dos secretários são os mais criticados: o de Agricultura, Ranilson Ramos, e o de Educação, Anderson Gomes. Os secretários são acusados de não receber deputados em audiência, engavetar demandas, não agilizar providências para pleitos e não convidar os parlamentares quando o governo está em visita às suas regiões. O grupo estava disposto a fazer "zoada", cobrando na Assembleia e vazando críticas para a imprensa. A reunião que discutiria e decidiria o que fazer foi antecipada por um deputado no plenário, e o movimento acabou dedurado por colegas da própria base governista. "O pessoal diz que eles (os secretários) andam devagar com as reivindicações, não recebem em audiência, não convidam para atos", confidencia um governista que não integra o grupo dos insatisfeitos, mas confirma o movimento de insatisfação.
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