1- Além da vitória de Dilma, no domingo, o fato político mais comentado neste início de semana foi a não citação por José Serra, em sua entrevista reconhecendo a derrota, do nome de Aécio Neves, senador eleito por Minas Gerais.
2- Serra citou Sérgio Guerra, Roberto Freire, Jarbas, Índio da Costa, Rodrigo Maia. Mas “esqueceu”, propositadamente, FHC e Aécio Neves como se debitasse a ambos a responsabilidade pela sua derrota.
3- Antevendo a possibilidade de Aécio ser preterido no PSDB como candidato a presidente da República em 2014, e de passar a ter uma convivência difícil, a partir de agora, com o tucanato paulista, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, saiu na frente.
4- Em entrevista à revista “Carta Capital” que está nas bancas, o governador de Pernambuco declara o seguinte:
5- “O PSB tem as portas abertas para pessoas como Aécio. Temos uma boa relação com ele. Mas ele tem declarado que está bem no PSDB. Ele sabe que no PSB tem muitos amigos”.
6- “Nós (do PSB) tivemos o apoio de Aécio para governar Belo Horizonte (o prefeito Márcio Lacerda, do PSB, elegeu-se com apoio de Aécio e do antecessor Fernando Pimentel, que é filiado ao PT)”.
7- “Nós, do PSB, ganhamos em seis estados (PE, CE, ES, PB, PI e AP), o PT ganhou em estados importantes (AC, BA, SE e RS) e o PSDB, que perdeu a eleição presidencial, também ganhou em estados muito importantes da federação (RR, PA, AL, TO, PR, SP, MG e GO). Acredito que o diálogo é do interesse desses governadores eleitos. (É hora de) desmontar os palanques e dialogar”.
8- Quem vê com simpatia o namoro de Aécio Neves com o PSB é o senador Sérgio Guerra, segundo deu a entender, em SP, domingo passado, ao reagir às insinuações de Xico Graziano, assessor de Serra, de que Aécio teria feito corpo mole em Minas Gerais.
9- O presidente do PSDB declarou que não admitia esse tipo de insinuação e o próprio Aécio, hoje, em Belo Horizonte, foi ainda mais enfático: “ (No PSDB) não encontraremos ninguém que tenha trabalhado mais por Serra do que nós”.
10- Serra, ao mesmo tempo em que omitiu o nome de Aécio, disse o seguinte de Geraldo Alckmin, governador eleito de São Paulo, exatamente para fazer o comparativo: “Ele empenhou-se mais em nossa campanha do que na dele”.
É isso aí.
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