segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Paquistão teme surto de doenças após inundações


G1
O Paquistão enviou nesta segunda-feira (2) equipes médicas para o noroeste do país por temor de que doenças pudessem se espalhar após as piores enchentes da história recente do país terem matado 1.200 pessoas. "Calculamos que cem mil pessoas, na maioria crianças, tenham sido afetadas pelo cólera ou por doenças gástricas", disse Syed Zahir Ali Shah, ministro da Saúde da província de Khiber Pajtunjua.
As chuvas causaram fortes inundações e deslizamentos de terra, destruindo milhares de casas e devastando terras agrícolas em uma das regiões mais pobres do Paquistão, já castigada pela violência atribuída aos insurgentes talibãs e a grupos vinculados à al-Qaeda.
O desastre forçou 2 milhões de pessoas a deixarem suas casas. A população reclama da demora do governo em anviar ajuda. O Estado diz que enviou milhares de funcionários do serviço de resgate que até agora salvaram 2.800 pessoas e distribuíram comida. O Exército também enviou 30 mil homens e dezenas de helicópteros, mas a abrangência da tragédia é tamanha que ainda há pessoas presas por causa das enchentes.
Além de desabrigadas, as pessoas agora enfrentam o perigo de doenças - que poderia matar milhares se as equipes de saúde não conseguirem distribuir água potável suficiente e isolar os pacientes nos abrigos.
Segundo o ministro de Informação de uma das províncias afetadas, Mian Iftikhar Hussain, as cheias já são as piores registradas na região. As inundações são causadas pelas chamadas chuvas de monções, que levaram diversos rios no país e no vizinho Afeganistão a transbordar.

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