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A Justiça suíça decidiu manter sob confisco mais de R$ 21, 7 milhões
(US$ 13 milhões) em nome da família do ex-prefeito de São Paulo e atual
deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) em contas nos bancos do país.
Somado ao dinheiro ainda bloqueado na Europa, a família Maluf teria ao
menos R$ 80 milhões (US$ 48 milhões) bloqueados em Jersey, França e
Luxemburgo.
A manutenção do congelamento foi tomada no fim de 2010. Dez anos
depois de informar o Brasil sobre movimentações suspeitas de Maluf, o
governo suíço havia enviado questionário à Justiça brasileira para saber
se ainda queria manter o dinheiro congelado. Até hoje a Justiça
brasileira não conseguiu condenar em última instância o ex-prefeito.
Segundo o Ministério Público suíço, a devolução do dinheiro só pode
ocorrer se houver condenação definitiva de Maluf no Brasil.
Em 2001, o Ministério Público de Genebra comunicou Brasília sobre a
movimentação em nome do ex-prefeito que, naquele ano, retirou dos bancos
da cidade dezenas de milhões de dólares e os transferiu, segundo o
próprio ex-procurador-geral de Genebra Bernard Bertossa, para as Ilhas
Jersey, onde já possui conta. Mais de R$ 183,6 milhões (US$ 110 milhões)
teriam sido transferidos para o paraíso fiscal.
Nem tudo, porém, foi enviado e o montante que ficou na Suíça acabou
sendo congelado, sob a suspeita de ser fruto de corrupção e desvio de
verbas públicas. Segundo a Justiça, porém, o dinheiro estaria em grande
parte em contas no nome de empresa Offshore ligada à filha do
ex-prefeito, Lygia Maluf, na cidade de Lausanne.O dinheiro seria parte do esquema que transferiu recursos públicos nos
anos 1990 para contas no exterior. A acusação apresentada indica que
Maluf teria fraudado a cidade, com a ajuda de empreiteiras. Para tentar
garantir a condenação, os advogados da Prefeitura enviaram a Jersey uma
série de documentos. Um deles aponta que, em 8 de janeiro de 1998,
uma transferência de R$ 2 milhões foi feita à família por uma
construtora. Entre 1997 e 1998, essa firma recebeu R$ 57,2 milhões da
Prefeitura.
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