Mesmo fora da Presidência da República, Lula não
deixou de ser notícia, embora de forma negativa. Teve dois filhos e um
neto benefiados com passaportes diplomáticos, um mimo concedido a
presidentes, vices, ministros de Estado, chefes de missões diplomáticas,
ministros de tribunais superiores e ex-presidentes. O ex-presidente
também se tornou alvo de críticas por gozar de algumas regalias mesmo
longe do Planalto. Entre elas, a hospedagem com a família numa base do
Exército no litoral paulista. De quebra, ainda veio à tona a notícia de
que o filho de Lula, Fábio Luís, o Lulinha, vive em apartamento de luxo
pago por uma empresa com contratos com o Governo Federal. O
ex-metalúrgico sempre fez a festa da mídia nacional e estrangeira pela
postura irreverente e declarações nem sempre felizes.
Dilma Rousseff, ao contrário do antecessor, tem optado pela
discrição nesta primeira semana de trabalho. Até agora não foi vista em
público e a última vez que ouvimos a sua voz foi no dia 1º de janeiro,
no discurso no parlatório. Aos poucos, o Brasil e a imprensa vão se
acostumando a esse novo estilo de governar e que passa bem longe do
carisma irradiante de Luiz Inácio. Esse silêncio tem uma explicação.
Dilma nunca foi adepta dos holofotes e se viu obrigada a enfrentá-los na
campanha eleitoral sob orientação de Lula, um craque na arte de
mobilizar plateias. A petista, por sua vez, prefere mobilizar a sua
equipe e impõe um ritmo de trabalho muito mais técnico do que político.
Imaginem o estardalhaço que Lula não faria com o lançamento do "Pac da
Miséria"...
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