Fogo Cruzado
1) Pode parece mentira, mas não é. O senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, admitiu hoje a possibilidade de o partido realizar sua convenção no próximo sábado, em Salvador, para oficializar a candidatura de Serra a presidente da República, sem a definição do candidato a vice.
2) Legalmente, o PSDB tem até o próximo dia 30 para oficializar o candidato a vice. Mas essa demora na escolha transmite a sensação de indefinição, uma das marcas registradas do tucanato.
3) Pelo que se depreende do noticiário, Serra ainda não definiu sequer se quer um vice do PSDB ou de outro partido. Pelo seu desejo pessoal seria outro tucano, como fez no governo de São Paulo ao convidar o deputado Alberto Goldman (PSDB) para ser seu vice. Mas ele temeria a reação da turma do DEM.
4) Ora, isso poderia ser resolvido da seguinte forma: pediria aos partidos aliados sugestão de nomes com estatura política e moral para ser presidente da República e a partir daí faria a escolha.
5) Por ter ficado sem a companhia de Aécio, Serra não deveria ficar adiando isso, indefinidamente. Quer um tucano como vice? Ótimo. Bota o Tasso Jereissati, o Arthur Virgílio, o Álvaro Dias, a Marisa Serrano ou o próprio Sérgio Guerra.
6) Se a preferência for por alguém do DEM examina os nomes de Marco Maciel, José Agripino, ACM Júnior, César Maia ou Kátia Abreu.
7) Isso vale também para o senador Jarbas Vasconcelos, que permanece indeciso em relação ao candidato à segunda vaga de senador.
8) Ele já externou o ponto de vista de que gostaria que esse candidato fosse indicado pelo PSDB. Como ninguém do partido quer, ele poderia “intimar” a deputada Terezinha Nunes, que é de sua absoluta confiança, porque ela certamente não recusaria. Ou não tem o direito de recusar.
9) Do jeito que as coisas estão caminhando, o candidato deverá ser mesmo o deputado Raul Jungmann (PPS), menos pelo desejo do senador e fim por falta de outra opção.
É isso aí
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