João Lyra Neto (PDT) já desconfiava que não seria escolhido para disputar a reeleição como candidato a vice-governador. Mas sonhou até aonde foi possível e só despertou para a realidade na sexta-feira passada quando, em meio aos preparativos do arraial na sua fazenda Macambira, em Caruaru, foi comunicado da decisão pelo próprio governador.
Abatido, cancelou a festa alegando o torrencial que desabou no Estado. Qual a razão da rifada? De temperamento explosivo, Lyra não tem o perfil que o governador deseja para 2014, quando, caso seja reeleito, será obrigado a deixar o Governo nove meses antes para disputar uma nova eleição, seja de senador ou um voo mais ousado no plano nacional.
Para isso, Eduardo quer alguém que lhe proporcione a tranquilidade de administrar a sucessão da sua sucessão sem traumas, com ele próprio dando as cartas, mesmo fora do poder. Assumindo o governo, Lyra iria buscar a reeleição, mesmo contrariando o governador.
As características deste nome ideal se encaixam hoje muito mais no ex-deputado Jorge Gomes, que também é de Caruaru, do que em João Lyra. Três outros fatores pesaram: a difícil relação de Lyra no Governo, sua falta de sintonia no partido, o PDT, e seu desempenho administrativo.
O que se ouve no staff palaciano é que o avanço dado na saúde, com os hospitais novos e as UPAS, só se concretizou porque o governador assumiu a trincheira, sendo ele próprio o condutor do processo.
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