Brasil encerra a preparação contra a Tanzânia sem querer forçar para evitar surpresa desagradável perto do início da Copa do Mundo
Por Márcio Iannacca e Thiago Lavinas
Direto de Dar es Salaam, Tanzânia
G1
Um olho no padre e outro na missa. O ditado popular vai cair como uma luva para a seleção brasileira no confronto desta segunda-feira, às 12h de Brasília (18h local), contra a Tanzânia, no Estádio Nacional Benjamin Mkapa, em Dar es Salaam. Às vésperas do início da Copa, a equipe do técnico Dunga vai entrar com o pé no freio para evitar qualquer contratempo antes da estreia no Mundial, contra a Coreia do Norte, no dia 15, em Joanesburgo.
O receio dos jogadores e da comissão técnica é que a bruxa que está à solta nas outras seleções ronde o Brasil nesta segunda-feira. Só na última semana, quatro jogadores importantes enfrentaram problemas físicos. Os atacantes Didier Drogba, da Costa do Marfim, e Arjen Robben, da Holanda, o meia Andrea Pirlo, da Itália, e o zagueiro Rio Ferdinand, da Inglaterra, sofreram lesões durante a preparação para a Copa do Mundo.
O Brasil também passou por sustos nos últimos dias. O zagueiro Juan sentiu um desconforto muscular, mas não preocupa mais a comissão técnica e vai estar em campo contra a Tanzânia. Assim como o lateral-esquerdo Michel Bastos, que após uma dividida com Elano no treino da sexta-feira, saiu queixando-se de dores no tornozelo. Por fim, o goleiro Julio Cesar sofreu uma pancada no tórax no amistoso diante do Zimbábue e segue em tratamento. Ele nem chegou a viajar com a delegação para Dar es Salaam. Gomes será o titular.
- Se você entra com medo de se machucar é que acontece mesmo. Mas nós temos de tomar cuidado, temos de evitar algumas jogadas de risco, mas sem perder o entusiasmo e a vontade de ganhar – disse o capitão Lúcio.
E para quem pensa que o fato de ter o brasileiro Marcio Máximo no comando da Tanzânia pode facilitar as coisas, está enganado. O treinador sabe que a sua seleção será importante para a preparação do time de Dunga, mas não acredita que os jogadores vão deixar de disputar uma bola por medo de machucar o adversário.
- É o jogo de maior exposição da vida deles. É bem provável que eles não tenham uma outra oportunidade como essa. A minha equipe não é maldosa e não vamos ter problemas - afirmou Máximo.
O que pode facilitar a vida do Brasil é o fato de que a Tanzânia disputou uma partida 24 horas antes do confronto. Neste domingo, a equipe de Máximo foi derrotada por Ruanda por 1 a 0, em Kigali, pelas eliminatórias da Copa Africana, segunda competição mais importante do continente.
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