Parece que o
ex-deputado Raul Jungmann ficou magoado com os tucanos por terem lhe
preterido, em nome de Daniel Coelho, da disputa eleitoral de 2012. Hoje,
ao falar da fragilidade da aliança do governador Eduardo Campos (PSB),
disse que “o PSDB tem uma aliança branca com o Palácio (do Campo das
Princesas)”.
O ranço do
pós-socialista tem um motivo. Deve-se ao acordo que teria sido firmado
com o deputado federal Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, na
última eleição. A combinação, para que fosse candidato a senador, à
época, passava pelo apoio à sua candidatura a prefeito, no ano que vem.
“A Frente
(Popular) ficou grande demais e não tem como o Palácio, como Deus (o
governador) controlar o grupo. Também contribuem para essa fragilidade a
aliança com o PSD e a aliança branca com o PSDB”, disparou Raul,
criticando os próprios aliados. Raul justificou que não é segredo para
ninguém a afinidade de Guerra com Eduardo. Porém, ao ser questionado
acerca dessa ‘estreita relação’, desconversou. “Todo mundo sabe que eles
têm uma boa relação”, resumiu.
Quanto ao início
da ruptura da aliança governista, considerou que a oposição será muito
beneficiada. Também disse que o fato não é inédito e se dá, sobretudo,
pla engorda da aliança. Raul Jungmann relembrou a união entorno do
ex-governador Jarbas Vasconcelos (atual senador pelo PMDB), que também
sofreu situação semelhante.
Para ele, o
processo de separação da Frente é irreversível e acontece também devido à
preparação para a sucessão do governador. “2014 está engolindo o
processo de 2012. Muitos governadores enfrentaram essa crise sucessória.
Foi assim com Jarbas, tem sido assim com Eduardo”.
Por fim, o
ex-deputado ressaltou como mais um motivo do enfraquecimento da Frente, o
fato do prefeito João da Costa (PT) não ter liderança. “João da Costa
não é líder. Elegeu-se pendurado em João Paulo (ex-prefeito e deputado
do PT) e agora precisará do andor de Eduardo”.
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