O troca-troca partidário em Pernambuco, marcado pela obesidade precoce do recém criado PSD, linha auxiliar do PSB, serviu também para ratificar a tese corrente dos bastidores de que a oposição no Estado ressurgirá das cinzas dentro da própria base do Governo. Aliados poderosos como o PT, PTB e PR, cacifados, respectivamente, pelos senadores Humberto Costa e Armando Monteiro, e o deputado Inocêncio Oliveira estarão alinhados, provavelmente, pela última vez nas eleições do ano que vem.
O guloso PSB invadiu o Recife, até então território exclusivo do PT, estendeu seu braço para a Região Metropolitana, aliciou mais de 30 pré-candidatos do PTB e exportou para Garanhuns o forasteiro Antônio João Dourado, prefeito de Lajedo, para disputar a Prefeitura com um armandista de carteirinha, deputado Izaias Régis.
O PT, por sua vez, chegou a Petrolina, transferiu domicílios de deputados conhecidos da legenda para vários municípios da Região Metropolitana, e em Serra Talhada , principal reduto de Inocêncio Oliveira, comprou uma briga sem necessidade com o líder republicano ao atrair para o partido o vice-prefeito Luciano Duque, candidato do bolso do colete do prefeito Carlos Evandro.
Traduzindo: a gula pelo poder em 2012 vai separar, definitivamente, um dos três partidos da base – PT, PTB e PR – do PSB em 2014. É o que dizem Humberto, Armando e Inocêncio, sem a coragem de assumir em público nem tampouco na frente do chefão governador, que não tolera o contraditório.
Todos aqueles que falam contra a opressão, ao assumirem o poder são os primeiros a oprimir. Nada mais certo que esse postulado. O Sr Eduardo Campos, família e agregados políticos passaram toda vida falando que o regime pós 64 era ditadura.Ao menos era um regime de força declarado,sem máscaras, sem disfarce. Hoje, ele e seus asseclas agem ditatorialmente querendo impor vontade e poder ao povo, tentando empurrar goela abaixo de todos seus projetos megalomaníacos de dominação. Acredito que ele cava aos poucos o buraco que o irá sepultar, pois antagoniza-se a esquerda e a direita. Isto não dá certo!
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