Campanha nega envolvimento, assim como jornalista acusado de contratar arapongas
R7
Pivô do escândalo do suposto dossiê contra o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, o ex-delegado da Polícia Federal Onézimo Sousa disse na última segunda-feira (7) ao jornal O Estado de S. Paulo ter provas de que a proposta de espionagem política partiu do comando do PT, em reunião para a qual foi convocado num restaurante de Brasília.
Ele afirmou que aceita fazer uma acareação "para desmascarar" os emissários petistas presentes, que teriam se apresentado em nome do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.
- Tenho provas definitivas da abordagem que eles me fizeram e topo a acareação de bom gosto, desde que seja séria, na Justiça.
Alvo das acusações, o jornalista Luiz Lanzetta, que pediu para abandonar a campanha de Dilma Rousseff (pré-candidata do PT), negou qualquer tipo de proposta e afirmou ao R7 que é “absurda” a informação de que arapongas ligados a serviços de inteligência oficiais teriam participado de articulações para produzir dossiês. O comando da campanha também nega envolvimento na história.
Onézimo Sousa disse que recusou a proposta de trabalho, pela qual receberia R$ 1,6 milhão em dez parcelas, porque considerou o comitê petista uma bagunça, sem controle e dirigido por irresponsáveis.
- O PT é um serpentário, que não está preparado para fazer uma campanha e muito menos para governar o país.
Ele disse que recusou a proposta e avisou que a iniciativa repetiria o episódio dos "aloprados" - o escândalo que levou à prisão de um grupo de petistas envolvidos na confecção de um dossiê contra Serra na eleição de 2006.
O ex-delegado negou a acusação de que tenha trabalhado numa equipe de espionagem montada pelo deputado Marcelo Itagiba, também ex-delegado federal, a serviço de Serra quando este era ministro da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. Mas admitiu ter ligações com ele.
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