O Congresso dos EUA pode extinguir, até o fim do ano, o benefício que permite a exportadores brasileiros vender bens e serviços, no valor de US$ 3,5 bilhões por ano, sem imposto de importação, informa o jornal Valor Econômico. O mecanismo, concedido por países ricos a economias de menor porte no âmbito do Sistema Geral de Preferências (SGP), favorece até 17,4% das vendas do país aos americanos. O fim do benefício é uma das possíveis consequências da ação diplomática brasileira no Irã. Acredita-se, em Washington, que a aproximação com o Irã foi uma decisão pessoal do presidente Luis Inácio Lula da Silva, mais que o interesse da diplomacia ou das forças políticas no Brasil.
Outra, mencionada por especialistas e fontes oficiais, diz respeito ao etanol, produto que o Brasil não consegue exportar para os EUA por causa de uma sobretaxa. Nos próximos meses, o Congresso votará a manutenção ou não dessa sobretaxa. Principal defensor da liberação do etanol brasileiro, o líder do Partido Republicano na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Richard Lugar, perdeu força para continuar apoiando o Brasil.
Segundo o Valor apurou, o governo americano buscará pontos de acordo com o Brasil e acredita que o próximo governo no país reduzirá a importância do Irã na política externa brasileira.
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