O Governo anunciou uma série de medidas para estimular o consumo, principalmente de veículos, e a aquisição de bens de capital (máquinas e equipamentos), que incluem a redução de impostos, aumento de prazos de financiamentos e corte de juros. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as ações implicarão em uma redução de cerca de 10% no preço dos automóveis. “O resultado esperado com essas medidas é reduzir os custos do investimento no País”, afirmou o ministro.
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado em todos os financiamentos para consumo cairá de 2,5% para 1,5%. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será reduzido até 31 de agosto em até sete pontos percentuais, de acordo com o modelo e a cilindrada do veículo.
Além disso, o Banco Central vai liberar parte do chamado depósito compulsório - valor que as instituições têm que deixar depositadas - para financiamentos de veículos. Segundo Mantega, bancos públicos e privados se comprometeram a cortar juros, aumentar o volume de crédito e aumentar o número de parcelas em que os financiamentos são oferecidos.
As montadoras prometeram ainda dar um desconto sobre o preço de tabela cobrado pelos veículos hoje - de 2,5% para carros de 1.000 cilindradas, 1,5% entre 1.000 e 2.000 e 1% para utilitários - e fazer promoções especiais. Além disso, o acordo prevê que o setor não poderá demitir trabalhadores. O ministro anunciou ainda a redução dos juros de financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Linhas para o pré-embarque terão taxas reduzidas de 9% ao ano para 8% e para o financiamento de ônibus e caminhões de 7,7% para 5,5%.
Para a compra de máquinas equipamentos, os juros caem de 7,3% para 5,5% e para o financiamento de projetos de obras de 6,5% para 5,5% ao ano. A redução também valerá até 31 de agosto e custará aos cofres públicos R$ 619 milhões.
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