A cinco dias para a realização das prévias do PT, que ainda poderão ser canceladas, a direção do partido faz um esforço desesperado pela busca da unidade entre os partidários do prefeito João da Costa e do deputado Maurício Rands. No entanto, esta unidade não será obtida. Não há mais ambiente para unir os dois grupos depois que o deputado Fernando Ferro defendeu a saída do presidente Pedro Eugênio e o secretário André Campos chamou de “canalhas” os que se opõem ao prefeito.
O presidente Rui Falcão, devidamente informado sobre o tiroteio, chamou os dois a São Paulo, ontem, e renovou o apelo pela unidade. Que só poderia ser alcançada se ambos abdicassem de suas candidaturas em favor de um terceiro nome. Esse “tercius” seria Humberto Costa, o nome dos sonhos de Lula e do governador Eduardo Campos, porque teria melhores condições de unir os partidos da Frente Popular. Por Rands não há problema. Mas o prefeito em hipótese alguma apoiará o senador.
A cúpula vai esperar até hoje à noite para que os dois candidatos cheguem a um acordo, porém este acordo não haverá. O prefeito irá às prévias de todo jeito, a menos que seja afastado por um ato de força, e isso inviabiliza o entendimento. A medida extrema está prevista no próprio estatuto do partido segundo o qual, em cidades com mais de 200 mil habitantes, a executiva nacional pode avocar para si o direito de indicar o candidato, caso as facções que se digladiam não se entendam.
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