Mesmo após os apelos da executiva nacional do PT para que cheguem a um entendimento e evitem a disputa das prévias no Recife, o prefeito João da Costa e o secretário estadual de Governo, Maurício Rands, dão sucessivas demonstrações de que não abrirão mão da eleição interna. Ontem, os dois gravaram entrevistas para um programa na TV Jornal, e se mostraram irredutíveis quanto à possibilidade de um desistir a favor do outro, ou de um nome de consenso.
Tal postura de ambos deverá frustrar a missão dos quatro integrantes da executiva nacional, que devem chegar ao Recife hoje, para tentar apaziguar os ânimos. Questionado durante o programa sobre o possível apoio ao adversário, caso perca a eleição no domingo, Rands foi evasivo na resposta. Porém, o secretário acenou que isso só será possível, “se não houver irregularidades no processo”, as quais motivaram a anulação da primeira prévia, realizada há dez dias.
O prefeito, por sua vez, afirma que não pensa na possibilidade de apoiar o correligionário, pois tem esperança de sair vitorioso do pleito, embora admita que será com menos votos em relação à primeira disputa. Na ocasião, as urnas registraram 7.503 votos para João da Costa e 6.950 para Rands. “Em nome de quem vou desistir?”, rebateu, para em seguida afirmar que o seu concorrente “perdeu o equilíbrio”. “Mostrei para a cidade que sou hoje uma liderança dentro do partido. Queiram ou não queiram os juízes, gostem ou não gostem”, disse João da Costa, parafraseando a música “Madeira de lei que cupim não rói”.
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