A pré-campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) remunera jornalistas e técnicos por meio de notas fiscais frias, emitidas por uma microempresa sem funcionários, cuja sede fica num apartamento residencial. As notas são emitidas pela Cinco Soluções, aberta em 3 de março em nome de Jeová Alves de Sousa Jr., 27, que disse trabalhar no meio publicitário, em nome da Lanza Comunicação, do jornalista e consultor Luiz Lanzetta. Sem secretária ou placa indicativa e com capital social de R$ 5.000, a Cinco é sediada na casa da mãe de Sousa Jr., um apartamento de 40 m2, no Gama, cidade-satélite a 35 km de Brasília. A zeladora do edifício, Irene da Silva Rezende, disse não saber da existência de empresas. A mãe do microempresário, Graça, disse que ele 'trabalha na rua'.
Um grupo de 36 pessoas trabalha para a Lanza na mansão alugada no Lago Sul, em Brasília, nas áreas de imprensa e internet da pré-campanha de Dilma. Eles não mantêm vínculos empregatícios com a Lanza. Para efetuar a maioria dos pagamentos, a empresa recebe notas fiscais da Cinco. A Folha apurou que, em troca do recebimento das notas, os jornalistas pagam à Cinco 5% do valor da nota, emitida como um 'serviço de jornalismo' em nome da Lanza. Com as notas, a Lanza justifica seus gastos. A triangulação das notas pode representar sonegação de contribuição previdenciária.(Folha de S.Paulo)
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