Em animação, público e mobilização, as convenções que oficializaram Serra e Dilma candidatos à Presidência neste fim de semana foram praticamente iguais. No sábado, em Salvador, Serra atraiu cerca de 20 mil pessoas. Ontem, em Brasília, Dilma falou para um tamanho de plateia semelhante ou maior um pouco.
Em Salvador, ao final do evento, a multidão se dispersou pela Avenida Beira-Mar na praia de Ondina dando a impressão de que saia de um Maracanã. No ato que homologou Dilma não cabia mais ninguém no centro de convenções reservado pelo PT. Havia cheiro de povo, tanto em uma quanta na outra convenção.
O que faltou, em ambas as festas, foram discursos convincentes. Serra não estava numa manhã inspirada e repetiu a mesma ladainha de 30 dias atrás, em Brasília, quando anunciou a sua candidatura. Dilma, por sua vez, ao contrário de Lula, que a antecedeu com um discurso de povão, fez uma fala burocrata, recorrendo a um telepromter para não se perder.
Se Serra não empolga, como nas campanhas anteriores, Dilma muito pior. O tucano pelo menos tem um histórico de disputas eleitorais, o que o diferencia da petista, que é fraca, não tem uma linha de raciocínio lógica, deixando a impressão de que é um improviso. Por isso, para se diferenciar, em Salvador Serra fez questão de enfatizar que não caiu de paraquedas na política.
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