Boca de fumo na favela
Mandela põe aviso de que vai proibir a venda de crack: é como uma
farmácia anunciando que não vai vender mais remédios de tarja preta.
O
tráfico de drogas vai proibir a venda de crack nas favelas do
Jacarezinho, Mandela e de Manguinhos. A informação foi publicada na
coluna de Ancelmo Gois de hoje com a foto acima. A medida, decidida pela
maior facção do tráfico no Rio, ocorre dois meses depois de lançado no
Rio o programa "Crack, é possível vencer" -- do governo federal.
A ordem de proibir a venda de crack partiu de chefes do
tráfico, que estão presos. A informação vinha circulando pelas
comunidades, mas ontem pela primeira vez apareceu o cartaz anunciando a
proibição, "em breve", ao lado da cracolândia da favela Mandela, na Rua
Leopoldo Bulhões, na chamada Faixa de Gaza.
Os traficantes ainda
têm ali cerca de dez quilos de crack. Cada pedra custa R$ 10,00. Há
informações de que os criminosos temem que a Força Nacional de Segurança
ocupe aquelas favelas, como ocorreu na comunidade Santo Amaro, no
Catete, onde está há um mês e já apreendeu 1.513 pedras.
Gostaria
que essa decisão se espalhasse por todas as favelas do Rio porque o
crack é uma droga devastadora e tem produzido só dor e sofrimento -- diz
o líder do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, que desde 2009 faz
trabalhos sociais na Mandela.
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