Alianças partidárias não são eternas e a do PSB com o PT pernambucano
insere-se nessa regra. Ela já tem mais de uma década, mas o seu prazo
de validade está se encerrando. O desmonte está previsto para amanhã ou
sexta-feira quando o governador Eduardo Campos comunicar ao povo do
Recife que o PSB terá candidato próprio à sucessão do prefeito João da
Costa. Com isso, frustram-se as expectativas do senador Humberto Costa
de disputar a eleição com o apoio dos socialistas.
Conforme o próprio senador, esse rompimento estava previsto para
ocorrer em 2014 quando o PT lançará um candidato a governador contra o
candidato do PSB. O candidato do PT seria o próprio senador ou, numa
hipótese menos provável, o deputado federal João Paulo. Que, por
equívoco, não “estadualizou” o seu mandato quando foi prefeito do Recife
por oito anos. No entanto, o governador quer fazer agora esse
enfrentamento a fim de poder aferir o seu tamanho político na capital.
Se seu candidato for vitorioso, ele assumirá a hegemonia da Frente
Popular na mais importante cidade de Pernambuco, onde o PSB sempre foi
frágil. E se por acaso perder para Humberto Costa, disporá do tempo
necessário para recompor sua relação com o PT. O que parece cada vez
mais clara é a disposição manifestada por ele de se afastar
paulatinamente dos petistas sem que isso implique, necessariamente, um
rompimento político com Lula e a presidente Dilma Rousseff.
Nenhum comentário:
Postar um comentário