Qualquer que seja o desfecho da reunião da executiva nacional do PT marcada para hoje o partido em Pernambuco não sairá bem deste episódio. Rachado ele já está há muito tempo, desde que o deputado federal João Paulo rompeu com o prefeito João da Costa. A divisão irá agravar-se ainda mais se a direção decidir hoje que o candidato no Recife não será o atual prefeito e sim o senador Humberto Costa, por teoricamente reunir melhores condições para unir a Frente Popular.
Isso é o que pode ser chamado, com licença do escritor Gabriel Garcia Marquez, de crônica de uma morte anunciada. Se o senador for confirmado candidato, como tudo indica que será, não terá o prefeito no seu palanque. E se o candidato for João da Costa, João Paulo estará ausente da campanha. Em qualquer circunstância, portanto, o PT ficará no prejuízo, embora na cabeça da maioria dos membros da direção nacional o prejuízo será menor se Humberto Costa for o candidato.
O governador Eduardo Campos poderia aproveitar a divisão no partido aliado e lançar um candidato do PSB. Mas ele já disse que não fará isto. Do alto de sua popularidade no Recife, que beira a casa dos 90%, ele teria condições, em tese, de levar seu candidato ao segundo turno. Mas assumiu o compromisso com o ex-presidente Lula de dar seu apoio ao candidato do PT, seja ele quem for, e irá cumpri-lo à risca. Seu desconforto é ter que participar da campanha com o PT dividido.
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