Não está sendo fácil para o senador Humberto Costa unir o PT e a Frente Popular em torno de sua candidatura à prefeitura do Recife. A culpa não deve ser debitada na conta dele e sim na da executiva nacional do PT, que o indicou para ser o candidato sem combinar com ninguém.
Pediram ao deputado Maurício Rands para desistir da segunda prévia, e ele concordou. Mas esqueceram de combinar o jogo com o prefeito João da Costa, que não só não desistiu como está resistindo.
O resultado da articulação da cúpula foi desastroso. O senador foi declarado candidato por 13 dos 21 integrantes da direção nacional e até agora não foi capaz de unificar o seu próprio partido. O prefeito João da Costa sequer deseja recebê-lo e o deputado federal Fernando Ferro, idem. E os deputados estaduais Teresa Leitão e André Campos só irão com ele se o atual prefeito também for.
Culpa da burocracia do PT, que antes de ungi-lo candidato deveria ter amarrado as bases.
No restante da Frente Popular o senador também tem dificuldades porque nenhum partido, até agora, manifestou o desejo de apoiá-lo. O PSB só lhe dará apoio se ele for capaz de unificar o PT porque não vai cometer a besteira de ir para uma campanha com o palanque rachado. E essa parece ser também a opinião do senador Armando Monteiro (PTB), do deputado Luciano Siqueira (PCdoB) e do prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT). Ou seja, com o PT dividido, não dá para apoiar.
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