segunda-feira, 14 de novembro de 2011

No Livro dos Recordes

Blog Magno Martins


A refinaria Abreu e Lima, em Suape, é algo misterioso e complexo, para não classificar de escandaloso. A começar pelos seus custos que, em apenas seis anos, subiram mais de 20 vezes, saindo de R$ 2 bilhões em 2005 para R$ 24 bilhões, segundo a última projeção. Como se explica tamanha guinada inflacionária num País que, teoricamente, os preços estão sob controle?
Algo intrigante também são os relatórios produzidos pelo Tribunal de Contas da União, que apontou superfaturamento em 11 dos 15 contratos assinados. E o Governo do Estado, que faz a obra em parceria com a União, via Petrobras, se exime de qualquer culpa ou erro.
Pelo que se sabe, não existe apenas superfaturamento nas obras de terraplanagem. A farra começou lá atrás, com as negociações do Governo de Pernambuco para aquisição do terreno, também supervalorizado numa dimensão incompreensível.
O que danado aumentou tanto em cinco anos para o projeto passar de R$ 2 bilhões para R$ 24 bilhões? Nem a Petrobras consegue explicar, daí a provável razão da Venezuela – leia-se ai a desconfiança de Hugo Chávez – de desistir da parceria.
Quem sabe, assim, estejamos diante de um grande candidato a disputar logo, logo, uma vaga no Guines Book, como a obra que mais teve custos elevados na história do País. Diante de tamanha perplexidade fica ainda a incerteza de que também não estamos diante de mais um elefante branco no Nordeste. O tempo dirá!

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