Que Dilma Rousseff é autoritária, já se sabia muito antes de ela ter
ser escolhida por Lula para disputar a sua sucessão. O deputado Maurício
Rands, para ficar apenas num exemplo isolado, testemunhou certa vez, em
Brasília, a então chefe da Casa Civil dar um verdadeiro “baile” num
colega de ministério. E o senador e ministro da Previdência Social,
Garibaldi Alves Filho, não teve vergonha de confessar para a revista
Veja (páginas amarelas): “Ela é brava mesmo. E todo mundo sabe que ela
é”.
Até aí, tudo bem. Excesso de exigência não pode ser encarado como
defeito. Ela pode muito bem ter incorporado a doutrina positivista dos
gaúchos, embora tenha nascido em Minas Gerais, transformando-a em bíblia
de sua ação política. Mas, a serem verídicos todos os casos que a Folha
de São Paulo noticiou, domingo passado, de descomposturas que ela
passou em vários ministros, em público, isso não pode mais ser encarado
como afirmação de autoridade e sim como falta de educação.
Segundo o jornal, a presidente já protagonizou cenas de deselegância
com o chanceler Antonio Patriota, com o deputado Cândido Vacarezza, com a
ministra Izabella Teixeira, etc. Mas com o chefe da segurança
presidencial, general Amaro, passou do limite. Como o elevador do
Palácio do Planalto estava cheio, o general optou por descer em outro,
em que Dilma não estava. Mas, irritada com o atraso do general, que
vinha correndo logo atrás, ela disse para o motorista: “Pode tocar”. E
foi embora.
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