Com todo o respeito, mas não poderia o Supremo Tribunal Federal, quarta-feira, ter decidido em definitivo sobre a óbvia aplicação da lei Ficha-Limpa nas eleições do ano que vem? Trata-se de matéria indiscutível, acima e além de filigranas jurídicas, sem falar que vem respaldada pela voz rouca das ruas.
Pois o relator, Luís Fux, apesar de algumas ressalvas, votou a favor. Já passava das seis horas da tarde e o presidente César Peluso adiou a discussão para o dia 29, por haver o ministro Joaquim Barbosa pedido vistas. Ora, com um pouco de boa vontade, já que a lei é super-conhecida, que se desse ao polêmico ministro vinte minutos para as vistas. Não precisaria mais do que isso.
O presidente da mais alta corte nacional de Justiça poderia ter dado continuidade aos trabalhos, provocando os votos dos demais companheiros. Mesmo que a sessão se prolongasse pela noite e a madrugada, que mal faria se os meretíssimos viessem a perder algumas horas de sono?
Ouviu-se, porém, do plenário, aquela célebre referência ao “adiantado da hora” e foram todos para casa. Mesmo assim, que tal a análise da lei ter continuado ontem, de preferência até pela manhã? Só que o Supremo só delibera à tarde. E não nas quintas-feiras, em se tratando de questões afetas a todos os seus ministros. Como na semana que vem haverá um feriado, nada feito. Na outra, não se sabe bem porque a protelação, e a palavra final ficou para o dia 29. Final? Talvez não, se outro ministro também pedir vistas.
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