quarta-feira, 2 de março de 2011

Maurílio Ferreira Lima não se surpreendeu com o vazamento pela Rádio Senado do ''obituário'' de José Sarney


Blog de Inaldo Sampaio


O ex-deputado Maurílio Ferreira Lima (PMDB) disse ao blog nesta terça-feira que não ficou nenhum pouco surpreso com o vazamento pela Rádio Senado do obituário de José Sarney.
 
2- O texto estava pronto há muito tempo, disse ele, faltando  apenas ser acrescido pela data do  falecimento, a causa da morte e os  últimos dados biográficos do senador, como, por exemplo, sua recente eleição para presidir o Senado pela quarta vez.
 
3- “Esta é prática corrente de todos os órgãos de comunicação do mundo, que já têm  pronto em seus arquivos, em estoque, o obituário de todas as grandes personalidades  mundiais”, disse o ex-deputado peemedebista.
 
4- Junto com a  notícia do falecimento, acrescentou, o obituário é tirado dos arquivos e imediatamente divulgado.
 
5- Nota do editor: “O Globo”, por exemplo, tinha na gaveta do editor-geral com 10 anos de antecedência os obituários de Roberto Marinho, dono do jornal, Dom Hélder Câmara e Gilberto Freyre, para citar apenas esses três.
 
6- Para Maurílio, alguém da Rádio Senado surrupiou o obituário de Sarney e soltou na internet antes da hora. Os funcionários da emissora ficaram com receio de demissão, mas o próprio Sarney, ao chegar ao seu gabinete, hoje, para trabalhar, reagiu à notícia com muito bom humor.
 
7- “Estou voltando do céu, aonde fui muito bem recebido (por São Pedro), e agora vamos todos trabalhar”.
 
8- O obituário lembra que Sarney nasceu em Pinheiro (MA) no dia 30 de abril de 1930 (está a caminho dos 81 anos) e que enfrentou a oligarquia de Vitorino Freire (pernambucano de Arcoverde) durante 20 anos.
 
9- Ao eleger-se governador em 1965 (por via direta), ele montou uma oligarquia ainda mais forte que a de Vitorino (essa informação não consta do obituário), que está no poder desde aquela época, à exceção dos quatro anos de mandato do governador Epitácio Cafeteira (PTB), que era seu inimigo e hoje é seu aliado, e dos dois anos do governador Jackson Lago (cassado pelo TSE para que Roseana Sarney pudesse assumir)


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