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O custo do terremoto e do tsunami que afetaram o nordeste do Japão em 11 de março para a economia do país ficou em R$ 513 bilhões (US$ 309 bilhões), anunciou o governo nesta quarta-feira (23). O valor corresponde aos danos a infraestruturas, casas e empresas.
A catástrofe pode conter o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 0,5%, segundo o governo.
O custo final pode ser ainda maior, já que a estimativa não leva em consideração o impacto dos cortes de energia elétrica na região de Tóquio em consequência da crise nas centrais nucleares e térmicas.
Ao mesmo tempo, o governo destaca que os trabalhos de reconstrução nas zonas afetadas pelo terremoto devem estimular a atividade econômica e o consumo em todo o país.
A economia japonesa é a terceira maior do mundo. O país é um grande produtor de peças automotivas e eletrônicas e deficiência de componentes importantes dessas duas indústrias surgiram depois do terremoto, provocando aumento nos preços de itens como chips de memória.Esses custos superam os R$ 166 bilhões (US$ 100 bilhões) perdidos após o terremoto de Kobe, em 1995, que era o mais custoso até agora.
O número não inclui, no entanto, perdas na atividade econômica geradas por escassez de energia ou o impacto mais amplo da crise na usina nuclear de Fukushima, onde equipes de funcionários ainda trabalham para impedir mais vazamentos de radiação.
O Banco Mundial citou em um relatório recente estimativas entre R$ 203,5 bilhões e R$ 392 bilhões (US$ 122 bilhões e US$ 235 bilhões) em danos provocados pelo forte terremoto deste mês, que foi seguido por um tsunami. Do total em danos, de R$ 23,3 bilhões a R$ 55 bilhões (US$ 14 bilhões a US$ 33 bilhões) provavelmente serão cobertos por seguros privados, afirmou o banco.
O economista-chefe do Banco Mundial para a Ásia, Vikram Nehru, afirmou que o impacto econômico desse desastre sobre a região do leste da Ásia deve ter "vida curta".
- Nós esperamos que o crescimento no Japão se acelere conforme os esforços de reconstrução se acelerarem.
A instituição acrescentou que uma desaceleração temporária da economia japonesa terá impacto modesto sobre as economias de outros países asiáticos, que são grandes parceiros comerciais do Japão. Se a expansão do PIB japonês se desacelerar, as exportações de países em desenvolvimento da região - como Indonésia e Filipinas - podem também sofrer um recuo.
A catástrofe pode conter o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) em 0,5%, segundo o governo.
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