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Os preços mundiais dos alimentos alcançaram um novo recorde em fevereiro, pelo oitavo mês consecutivo, segundo o índice de preços publicado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
O indicador alcançou 236 pontos, superando o resultado de 231 de janeiro – que representa uma alta de 2,2%. Trata-se do maior nível desde que a FAO começou a medir os preços dos alimentos em 1990. Com exceção do açúcar, todos os demais produtos registraram alta em fevereiro, especialmente os laticínios e os cereais. A alta dos preços dos alimentos, iniciada em meados de 2010, provoca o temor de uma explosão das "revoltas da fome", como as registradas em 2008 em vários países africanos, no Haiti e nas Filipinas, depois que as cotações dos cereais atingiram níveis históricos.
No fim de janeiro, o secretário-geral da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Angel Gurría, disse que a alta dos preços dos alimentos e das matérias-primas básicas ameaça o crescimento econômico global. Ele avalia que a imposição de medidas disciplinares por meio de restrições no comércio, buscando garantir os mercados internacionais, pode amortecer a procura e os choques de oferta em alguns países individualmente.
- Os mercados agrícolas sempre foram voláteis, mas, se os governos atuarem juntos, oscilações extremas de preço podem ser mitigadas e os consumidores e produtores vulneráveis serão mais bem protegidos.
O secretário-geral também alertou os países a investirem mais em agricultura, de modo que impulsionem a produção de alimentos para atender as necessidades resultantes do crescimento da população.
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