Blog do Magno Martins
A tragédia
nuclear japonesa acendeu um alerta nas usinas Angra 1 e 2, no Estado do
Rio de Janeiro. Mas, se no Japão a população já estava instruída e
tinha infraestrutura para esvaziar a área com segurança, no Brasil é
diferente. A reportagem de O DIA percorreu neste domingo o
trajeto entre Angra dos Reis e a capital e constatou que as rotas de
fuga não são apropriadas para que a população da Costa Verde consiga
escapar em caso de acidente, e a população não é treinada adequadamente.
A BR-101, que liga as cidades, além de mal sinalizada, tem trechos com
quedas de barreiras em obras desde o Réveillon de 2010, quando a chuva
fez centenas de mortos na região.
O
tipo de reator da usina japonesa tem diferenças do modelo brasileiro,
segundo o físico Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe/UFRJ. 'Nosso sistema
apresenta vantagens, mas tem a proximidade do mar. Uma tsunami não é
provável, mas estamos vulneráveis'.
Creio que o programa nuclear brasileiro é incipiente e como tal carece de maiores investimentos. Mas sem dúvida, os investimentos na segurança de quem trabalha e/ou mora próximo a Angra deveriam ser dobrados. Sabemos no entanto que as forças armadas brasileiras estão sucateadas e o Ministério da Defesa não consegue sequer mais um navio para o país... Deus nos salve de um acidente nuclear, até porque já temos acidentes demais nesse Brasil!
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